ENTREVISTA COM O ELENCO DE HARRY POTTER

> Em: domingo, 6 de março de 2011
O elenco do filme Harry Potter realizou uma conferência para a imprensa. Confira abaixo a transcrição da entrevista, divulgada pelo IESB.Net, onde Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint, Tom Felton e Bonnie Wright falam sobre suas carreiras, o desenvolvimento de seus personagens, a adolescência e muito mais.
Pergunta: O que vocês aprenderam de mais importante sobre seus personagens nesse filme?
Tom Felton: Essa foi uma ótima oportunidade para eu mergulhar um pouco mais na cabeça de Draco e descobrir que ele é, na verdade, um verdadeiro covarde. Foi muito divertido explorar o personagem mais profundamente e transformá-lo basicamente em um personagem tridimensional.
Bonnie Wright: Isso, o mesmo vale para mim. Eu acho que você tem que tomar cuidado com o seu personagem. Não é simplesmente uma sessão no começo e outra no final do filme. É algo que irá continuar em desenvolvimento e dessa forma eu tive mais material para trabalhar a personagem.
Emma Watson: Eu acho que no filme vemos uma Hermione muito forte, uma menina muito poderosa. Ela é o cérebro por detrás da operação, direcionando as pessoas ao seu redor. Mas nesse filme vemos uma Hermione muito diferente. Ela é muito mais frágil, vulnerável e emotiva, e está vivenciando sua primeira decepção amorosa. Acho que ela está muito confusa sobre o que sente por Rony e como ela fica realmente irritada quando o vê beijando outra garota. Então foi um desafio para mim fazer uma pessoa muito mais emotiva e vulnerável. E também foi muito divertido fazer as cenas de comédia com Rupert. Foi ótimo. Me diverti muito fazendo o filme e aprendi bastante.
Rupert Grint: É verdade. Eu gosto de pensar que esse é o melhor ano de Rony em Hogwarts. Ele arranja uma namorada. Entra no time de quadribol pela primeira vez. Foi muito legal ter alguém com quem ficar. Gostei de verdade.
Daniel Radcliffe: Para mim, a diferença em Harry neste ano é que no passado, considerando que ele… a grande mudança para Harry nesse ano aconteceu em seu relacionamento com Dumbledore. Anteriormente, ela era basicamente a relação de um professor com um estudante. Mas esse ano isso muda, se tornando seu General e seu Tenente favorito. Quer dizer, Harry se tornou um soldado nesse filme e está feliz em ser um. Também, nos outros filmes nós vemos Harry dizendo “Pois é, nós vamos pegar o Voldemort. Vamos matá-lo”. Mas na verdade ninguém faz nada contra ele, já neste ano ele é bem ativo, planeja e tenta fazer algo para a destruição definitiva de Voldemort. Essa é a diferença de Harry neste ano.
191515__potter_l-300x225P: Já caiu a ficha para vocês de que tudo está realmente acabando?
Radcliffe: Eu não tinha notado até essa semana quando todo mundo começou a falar que estamos chegando ao fim. Eu estava lidando com isso muito bem até as pessoas começarem a dizer “Então, bem, seu sonho está chegando ao fim”. Para ser honesto, e acho que falo por todos aqui, quando digo que ainda temos mais um ano para o sétimo. Ainda tem muito caminho pela frente. Depois temos que fazer muita publicidade e nos encontrar com todas estas pessoas adoráveis mais duas vezes. Isso soou sarcástico. Não era para ser. Bem, temos um bom caminho pela frente, então não irei pensar muito a respeito disso tão cedo.
Watson: Além disso tudo, eu acho que todos nós sentimos como se Harry Potter nunca fosse realmente morrer. É tão grande e tão amado. Temos um parque temático saindo em 2010 e eu acho que as crianças vão continuar a ler os livros, e as novas gerações de crianças foi continuar a ver os filmes, então eu não acho que realmente isso vai passar. Acho que tem longividade.  Felton:  Isso. Eu não acho que quando terminarmos de filmar será o fim de nós como representantes dos personagens. Acho que sempre vai existir um pouquinho deles dentro de nós. Mas eu prefiro aproveitar o momento do que olhar para frente e começar a sentir tristeza, e com certeza irei chorar muito quando tudo terminar.
P: Daniel, uma das melhores partes do filme é o seu encontro com uma ajuda mágica. Como você consegue sair com as mulheres na vida real, sem a ajuda dos feitiços?
Watson: Ele não precisa de feitiços.
Radcliffe: Bem, isso é muito gentil, Emma. Eu não sei. Eu realmente não faço essa coisa de ir a encontros. Eu não me sinto no mundo dos encontros. Não me sinto como um cara de 20 anos. Não tenho esse tipo de vida. Eu trabalho. E estou feliz em trabalhar. Mas eu sou como qualquer outra pessoa, eu acho. É estranho. As pessoas me perguntam se ser o Harry Potter ajuda na hora de conseguir garotas. Eu não sei. Eu tinha oito, nove anos quando comecei a fazer o Harry Potter. Então não sei como é conquistar garotas sem ter a presença dele.
P: Quanto tempo vocês gastam trabalhando no equilíbrio entre drama e comédia?
Watson: Eu acho que houve uma boa pausa. Acho que se a Hermione continuasse a ir naquele ritmo de antes, com aquela quantidade de preocupações, talvez ela tivesse tido algum tipo de hemorragia. Então é legal que ela tenha um pouco de alívio, para todos nós. Os livros infantis são muito sombrios. Eles podem ser muito pesados e sérios. Acho que ter algo como aquilo, aumentava a pathos, que já existia, no final, quando Dumbledore morre. Agora ter algo mais light, foi mais chocante. Foi tipo “Ual! Um personagem realmente importante da série simplesmente morreu”.
Grint: Eu acho que é um dos mais engraçados para mim. Jim Broadbent está simplesmente hilário no filme. Jessie Cave também, que é a minha namorada [risos]. Eu gostei muito.
Radcliffe: Eu preciso dizer que em termos de comédia, é o melhor momento de Rupert. Ele está absolutamente brilhante no filme e se revela como um ótimo candidato à comédia física. Ele também lida muito bem com o drama, obviamente, mas aquela cena com a vassoura no quadribol é algo que Buster Keaton faria. É absolutamente brilhante. Foi fantástico.
Premiere_EDP_London_batch6_121-199x300P: Emma e Rupert, houve uma cena de beijo que aparentemente foi filmada, mas que ficou fora do filme. Vocês ficaram desapontados com isso?
Watson: Eu acho que houve um pequeno mal-entendido. A cena do beijo que foi filmada está no sétimo filme. Então não quer dizer que fizemos, e ficou uma porcaria tão grande que não entrou no filme. [risos] Quer dizer, temos que ver. Talvez tenhamos que editá-la para o último filme ainda, mas nós fizemos essa cena duas semanas atrás.
Grint: É. Não foi algo que estávamos ansiosos para fazer. Foi bastante esquisito ter que, ter que pensar em fazer a cena. Mas acho que deu tudo certo no final.
Watson: Verdade. David [Yates] não nos deixou assistir a cena. Ruper e eu estávamos preocupados que pudesse soar ingênuo, ao mesmo tempo em que estávamos desesperados para acabar logo com aquilo. Mas eu acho que nós sentimos a pressão desse beijo. Tem tanto interesse da mídia, e também dos fãs, esse beijo vale por dez anos de tensão, hormônios e química, tipo, tudo isso naquele momento, e tínhamos que mostrar isso na cena. Foi tipo “Meus Deus!”. Mas felizmente conseguimos fazer. Tenho certeza de que você irá criticar. Por favor, seja bonzinho.
Radcliffe: Eu acho, para ser sincero, eu acho que vai ficar bem bonito, porque a pobre Bonnie [Wright], que está sentada do outro canto dessa mesa, teve que me beijar, e eu vi o filme de novo uns dias atrás, na premiere, e eu prestei a atenção na cena. Meu Deus! Meus lábios são tipo… os lábios de um cavalo. Eles estavam soltos, independentes do meu rosto, tentando abocanhá-la, e peço desculpas por isso, Bonnie. [risos]
Wright: Não prestei a atenção nisso. Não se preocupe.
Radcliffe: Duvido, mas obrigada.
P: Daniel, já que você mencionou cavalos, você acabou “Equus” na Broadway e em Londres. Você tem algum outro projeto para os palcos em vista?
Radcliffe: Nada em específico. Boa pergunta, por sinal, emendando com o cavalo. [risos]. Nada em específico mesmo. Eu ia gostar muito de voltar aos palcos nos próximos dois ou três anos, mas não tenho nada planejado. Iria adorar fazer teatro na Inglaterra, ou mesmo se a Broadway me quisesse de volta, seria incrível, porque passei um tempo ótimo por lá.
ATENÇÃO! A PRÓXIMA PERGUNTA CONTÉM SPOILER SOBRE O SEXTO FILME


P: Vocês podem falar um pouco sobre aquela grande cena em que todos erguem suas varinhas, e o que significa perder Dumbledore?
Radcliffe: Eu achei um momento muito, muito tocante, o momento em que as varinhas são erguidas em respeito. Acho que a marca negra no céu é obscurecida pela luz branca das varinhas. É um momento maravilhoso. Mas foi uma cena muito difícil para mim, porque na época das filmagens eu nunca tinha perdido ninguém próximo de mim. Você não tem como imaginar como alguém se sente nessas ocasiões, o que é necessário transparecer em cena. Então eu tentei imaginar o sentimento, e acho que se ficou um terço perto de ser real, então estou feliz, para ser honesto. Sobre perder Dumbledore, é muito triste para mim porque não vou trabalhar com Michael [Gambon] no sétimo filme. Vou sentir falta dele porque tivemos bons momentos juntos.
FIM DO SPOILER


xin_45207041009354372445427-300x205P: Vocês conseguem olhar para trás e assistir aos filmes anteriores, vendo vocês como aquela idade? Como vocês lidam com isso?
Grint: Fazia muito tempo que não tinha assistido os filmes anteriores. Eles passam na TV de vez em quando. É bastante surreal, porque não parece que sou eu. Eu me sinto separado daquilo. É muito esquisito. E sempre trás memórias muito boas porque era uma época bastante empolgante para mim. Foi bem legal.
Watson: Eu acho mais fácil assistir os filmes anteriores, o que pode te deixar surpreso, onde eu tinha um cabelo armado e aquela cara de esquilo. Eu não tinha um bom visual. Mas eu acho mais fácil ver porque posso me desconectar completamente daquilo. Parece que faz tanto tempo e simplesmente não me identifico com aquela menina. Por outro lado, quando foi feito há um, dois anos atrás, é mais próximo de mim, e fica muito difícil assistir. Não é uma experiência muito legal. Acho que muitos atores e atrizes não assistem seus trabalhos.
Radcliffe: Não vi nenhum dos filmes depois que ficaram prontos. Acho que seria uma experiência completamente destrutiva para mim. Seria muito crítico. Eu lembro de uma conversa durante o quarto filme e eu disse para eles, algo como, “Meu Deus, eu não acredito. Eu vi um clipe do primeiro filme. Eu não acreditei como eu era ruim”, ou algo assim. Acho que disse algo com o efeito de “por que diabos eles me escalaram para o papel?”. Lembro que foi no quarto filme porque ouvi a voz de Mike Newell do outro lado do set, e tive que me virar para ouvir: “Porque você era absolutamente encantador!” [risos] Mas quanto a nossa pergunta original. Não. Eu não vejo os filmes anteriores.
P: Quero voltar à tensão sexual. Essas crianças são experts como bruxo e conseguem controlar a magia, mas não conseguem controlar seus sentimentos. Como vocês pretendem conciliar essas coisas daqui para frente?
Radcliffe: Eu acho uma coisa maravilhosa nos filmes o fato de que esses caras são todos… eu acho particularmente muito interessante que o Harry seja um bruxo muito, muito aclamado, mas um fracassado com as mulheres. É uma qualidade encantadora. Falando mais do filme, eu acho que existem basicamente dois tipos de relacionamentos adolescentes: o meu e o da Bonnie, que é bem aquela coisa de amor da adolescência, onde o amor é puro, inocente e é tudo o que mais importa na sua vida quando vocês está com quatorze ou quinze anos e fica apaixonado por alguém. Já o outro tipo é muito mais carnal e energético, que é o relacionamento que Rupert foi sortudo o bastante para ter. É o que eu penso sobre os relacionamentos nesse filme de HP. E sobre eles não controlarem seus sentimentos, é basicamente o que acontece com a maioria dos adolescentes, incapazes de controlar seus hormônios ou desejos.
Watson: Principalmente com a Hermione, que é louca por controle. Ela quer controlar tudo em sua vida. Seu destino, seu trabalho, tudo. De repente ela desmorona nesse filme. Ela está acabada porque não consegue controlar seus sentimentos. Acho que em sua cabeça, se ela pudesse escolher por quem ela iria se apaixonar, certamente não teria sido Rony. Ela iria procurar alguém muito mas sério, muito mais esperto e muito mais a ver com ela. Mas você não pode evitar por quem você se apaixona.
HarryPotterPA0407_468x625-224x300P: Existem alguma experiência da infância que vocês tiveram que adiar, alguma coisa que vocês pensam em fazer agora que os filmes estão quase acabando?
Radcliffe: Experiências da infância que tivemos que adiar?
Felton: Viagens da escola.
Radcliffe: Boa!
Felton: Não acho que perdemos muito aqui. Nós ganhamos muito mais que perdemos. E é um pouco tarde demais para ir para Lego Land agora. Isso sim nós perdemos.
P: Vocês já pensaram se vão querer continuar na carreira artística ou tentar algo diferente?
Grint: Definitivamente eu quero continuar a atuar. Eu realmente amo fazer isso. Não sei dizer o que eu estaria fazendo se isso não tivesse surgido para mim. Com sorte terei algumas coisas para fazer quando Harry Potter acabar.
Radcliffe: Definitivamente quero continuar a atuar pelo máximo que eu puder. Para ser honesto, nunca fico mais feliz do que quando estou no set de filmagens. Tudo isso é para dizer que eu quero continuar trabalhando.
Watson: Eu vou para a universidade, mas isso não significa que irei desistir da carreira de atriz ou qualquer coisa dramática como essa. Eu sinto que quero continuar, definitivamente. Eu só quero uma experiência normal por um tempo. Um pouco de normalidade por um tempo.
Radcliffe: A imprensa realmente pegou pesado quanto a isso ultimamente, né?
Watson: Acho que a mídia achou confuso eu querer ir para a universidade e não entendeu porquê eu estava fazendo isso. Então acho que eles simplesmente concluíram isso. Sei lá. Estou muito animada. Estou muito ansiosa. Consegui dividir minha vida entre estudos e trabalho por tanto tempo que não vejo porque deveria desistir agora. Na faculdade tempos cinco meses de férias. O tempo livre é enorme. É tempo mais que o suficiente para fazer um pequeno “Harry Potter” e mais uns dois outros filmes. Eu acho que é possível. Estou sendo bem egoísta na verdade. Quero fazer tudo ao mesmo tempo.
Felton: Sempre fui muito incerto sobre se eu queria seguir nesse caminho, mas no último ano, eu simplesmente me apaixonei por cinema. Não simplesmente a atuação, mas tudo o que vem junto com isso, a luz, a gravação do som, e tudo o resto. Então, certamente adoraria continuar pelo máximo que puder.
Wright: O mesmo vale para mim. Depois que a novidade passou, percebi que essa era a carreira que eu queria seguir, e também vou para a faculdade de cinema em September. Estou interessada em elementos mais amplos, como a direção e a fotografia. E acho que esse filme foi uma grande inspiração para mim.
P: Qual faculdade de cinema?
Wright: Vou ficar em Londres, vou para a University Arts London, a maior escola de artes da cidade.
P: Como você conseguiu tirar um Draco vulnerável por detrás de todo aquele orgulho?
Felton: Isso tem a ver com David, na verdade. Eu estava apavorado antes de começar o filme por se aproximar a esse novo ponto de vista. Ele era muito dimensional nos anos anteriores e eu tinha que vê-lo com um novo ângulo. David foi muito, muito claro e conciso sobre o que ele queria, esse tipo de imagem fantasmagórica, que iria estar constantemente em seus olhos. Ele fez alguns ensaios com Michael e Alan e outras coisas que eu estava morrendo de medo de fazer antes de fazer, na verdade, mas ele foi como um pai. Ele queria ter certeza de que eu estava bem. Então qualquer elogio que eu ganhar vai direto para a direção,
Premiere_EDP_London_batch2_141-207x300P: Como vocês se sentem quando J. K. Rowling visita o set e vocês conversam muito com ela sobre seus personagens?
Felton: Faz tempo que não vejo ela no set, mas tive o prazer de ver ela duas noites atrás na premiere, em Londres. Obviamente, como ator, queremos ouvir o que ela tem a dizer sobre seu projeto. Ela complementou muito o filme, e é uma honra ver que ela está feliz com nossa performance, nessa etapa final. É realmente bom para a gente.
Radcliffe: Absolutamente. Ela é muito boa em conseguir separar o filme dos livros e deixar o filme correr. Ela não é muito apegada a nada. Ela tem consciência que coisas precisam ser cortadas para fazer o filme se tornar viável. Ela sempre foi muito legal e quando ela aparece no set é sempre muito agradável. E é muito raro porque eu não acho que ela quer que a gente sinta que ela está nos vigiando. Ela sempre foi maravilhosa e incrivelmente elegante, uma mulher encantável.
Wright: A confiança que ela deu a tantas pessoas, às pessoas do departamento de arte e figurino, além do apoio a todo o conceito visual dos filmes, e isso só mostra que ela confia no carinho que todos parecem ter e colocar nesses filmes. E infelizmente esse tipo de coisa não aparece nos filmes.
Radcliffe: Só como uma observação, é interessante notar que a única coisa até o momento, nos seis filmes, que esteve nos filmes mas que não constam nos livros, para o qual ela disse “queria ter pensado nisso”, foi uma ideia no terceiro filme, que Alfonso Cuaron teve, de fazer a temperatura baixar quando os dementadores aparecem, de forma que dê para ver a água congelando. Foi a única coisa que ela olhou e disse: “Ah. Eu queria ter pensado nisso”. Fica como uma pequena curiosidade para vocês.
Bacana, não? E para fechar nosso “especial” sobre Harry Potter, fiquem com a lista, organizada pela Mary, com as 10 Melhores Cenas dos Filmes da série. E fica a pergunta, assim como foi perguntado aos atores: vocês já estão com aquele sentimento de que a saga está acabando?
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